O mundo automotivo está em constante evolução, e para entender melhor essas mudanças, conversamos com Carlos Henrique Azevedo, Diretor Comercial do Grupo Itadil. Em um bate-papo exclusivo, Azevedo compartilha sua visão sobre as tendências atuais e futuras do setor, os desafios enfrentados e o papel do mercado brasileiro nessa transformação.
A Revolução automotiva: elétricos, híbridos e combustão
Carlos Henrique Azevedo iniciou a conversa destacando a dinâmica transformação do mercado automotivo, especialmente com o surgimento dos veículos elétricos e híbridos. “O mercado automotivo está em constante mudança e inovação. A parte dos veículos elétricos e híbridos está particularmente forte no momento”, afirmou Azevedo.
Ele explicou as diferentes categorias de veículos:
- Carros a combustão: Utilizam combustíveis fósseis como gasolina, diesel e etanol.
- Carros elétricos: Movidos exclusivamente por energia elétrica e requerem recarga em tomadas
- especializadas.
- Carros híbridos: Combinam motor de combustão e motor elétrico, podendo recarregar a bateria através da própria tração ou por meio de uma tomada, no caso dos híbridos plug-in.
- Carros movidos a célula de hidrogênio: Ainda em fase de teste em mercados mais maduros, como o Japão.
Azevedo destacou que no Brasil, o carro híbrido já se consolidou devido à extensão territorial do país e à disponibilidade de etanol como combustível limpo. “O carro híbrido está muito bem estabelecido no Brasil, enquanto o carro elétrico ainda enfrenta desafios relacionados à autonomia e à infraestrutura de recarga”, disse ele.
A consolidação da transmissão automática
Outro ponto discutido foi a evolução das transmissões de veículos. Azevedo observou que a transmissão automática tem se tornado a norma, superando a transmissão manual. “Hoje, mais de 80% dos carros novos vendidos têm transmissão automática. Nos segmentos premium, isso chega a 100%”, revelou.
Ele ressaltou que a transmissão automática não é mais vista apenas como um luxo, mas como uma característica de segurança e conforto. “A tendência é que os carros com transmissão manual diminuam, e a demanda por automáticas continue a crescer”, acrescentou.
Desafios e oportunidades no Setor
Azevedo mencionou os principais desafios enfrentados pela indústria automotiva. “Um grande desafio é a produção alinhada com a demanda do consumidor. A indústria precisa planejar com precisão para evitar excessos ou faltas de estoque”, explicou.
Além disso, ele destacou a importância do pós-venda, afirmando que a qualidade da assistência e o suporte ao cliente são decisivos para a consolidação de qualquer produto no mercado. “O pós-venda será um fator crucial para qualquer tecnologia que se consolidar, seja combustão, híbrido ou elétrico”, disse.
Feira de Santana: um mercado em crescimento
Sobre o mercado local, Azevedo enfatizou o crescimento de Feira de Santana e sua macrorregião. “Feira de Santana cresceu mais de 11% em comparação ao crescimento nacional de 5% no último ano. A cidade tem uma forte demanda por veículos utilitários, como picapes e SUVs, refletindo suas características urbanas e rurais”, afirmou.
Ele também destacou que a cidade não só atende a clientes locais, mas também de regiões vizinhas, consolidando-se como um importante polo automotivo.
Conclusão
Carlos Henrique Azevedo encerrou a entrevista com uma visão positiva sobre o futuro do mercado automotivo, destacando a constante inovação e as oportunidades para novos avanços tecnológicos. “Estou entusiasmado com as mudanças no setor e sempre em busca de aprender mais. O mercado está mudando rapidamente, e é um prazer acompanhar essa evolução”, concluiu.
