Durante o evento Cenários e Tendências — considerado o maior do interior do Norte e Nordeste voltado para varejo, indústria e serviços —, o diretor-geral da Gouvêa Ecosystem e publisher da plataforma Mercado & Consumo, Marcos Gouvêa, trouxe reflexões contundentes sobre como a Inteligência Artificial (IA) está transformando o varejo brasileiro e global.
Para o especialista, a IA não apenas impacta processos empresariais, mas, sobretudo, empodera o consumidor de maneira sem precedentes. “Antes, o consumidor precisava buscar as informações, comparar, refletir. Agora, ele apenas faz a pergunta certa e a tecnologia entrega tudo com mais agilidade, precisão e até custo reduzido”, destacou.
Um novo consumidor, mais exigente e informado
De acordo com Gouvêa, a evolução tecnológica colocou o consumidor em uma posição de protagonismo. “Ele tem à disposição todos os recursos do passado com uma camada de facilidade jamais vista. Isso o torna mais exigente, mais consciente, e mais criterioso na hora da escolha”, afirmou.
Esse novo cenário obriga as empresas a repensarem sua forma de atuação. “As marcas precisam oferecer mais valor, mais serviço e mais conexão. E, acima de tudo, não podem perder o vínculo com o consumidor”, alertou.
Colaboração como estratégia de sobrevivência
Outro ponto abordado foi a importância da colaboração entre empresas, especialmente as de pequeno e médio porte. Segundo Gouvêa, iniciativas coletivas como redes de supermercados, farmácias e franquias são alternativas viáveis para enfrentar a crescente concentração de mercado.
“A integração entre negócios, mesmo entre concorrentes, pode ser a saída para aumentar a competitividade. A união permite ganho de escala, melhores negociações e compartilhamento de tecnologia e conhecimento”, exemplificou.
Setores com maior potencial de crescimento
O especialista também destacou os segmentos que devem crescer acima da média nos próximos anos. “Saúde, beleza e bem-estar estão em alta, impulsionados pelo comportamento do consumidor e pelo investimento das empresas nessas áreas”, observou.
Já setores como construção civil e eletrônicos tendem a enfrentar mais dificuldades, seja pela alta dos custos ou pela guerra de preços. O food service, por outro lado, continua em crescimento, puxado pela redução do hábito de cozinhar em casa.
Dicas para empresários locais
Para quem empreende em cidades como Feira de Santana, Marcos Gouvêa deixou um recado direto: “Você não está sozinho”. Ele reforçou que, mais do que nunca, é fundamental buscar conexões, trocar informações, integrar-se e estar atento às mudanças.
“Pensar fora da caixa, ouvir o consumidor e adaptar-se rapidamente são atitudes essenciais para quem deseja crescer em um cenário cada vez mais dinâmico e competitivo”, concluiu.
